segunda-feira, 7 de junho de 2010

Nazismo e Fascismo

Nazismo

A situação da Alemanha após a Primeira Guerra Mundial era ainda mais desesperadora que a Itália. Derrotada no conflito, considerada a única responsável pela guerra, obrigada a aceitar as disposições do Tratado de Versalhes, isolada e humilhada, a Alemanha se apresentava como uma “área ideal” à pregação e à propaganda fascista.
Com o governo comandado pela social democracia e pelas elites burguesas, a sociedade alemã continuava a enfrentar as crises que marcaram o fim do império. Os operários lideravam inúmeras mobilizações, criando um quadro próximo à revolução social.
A situação econômica do país se agravava, sobretudo em decorrência dos acordos assinados ao final da guerra.
As incertezas quanto ao futuro e as incertezas que o abalaram a “ordem” italiana fizeram com que as elites econômicas alemãs se aproximassem do partido nazista.
Os princípios do Partido Nazista eram bem semelhantes aos do Partido Fascista italiano. As idéias mais importantes por eles defendidas eram: totalitarismo, nacionalismo extremado, militarismo, unipartidarismo, crença na infalibilidade do líder e rejeição à democracia.
O Partido Nazista, assim como no Fascismo italiano, se apresentava como uma opção confiável para os setores conservadores, preocupados com o avanço das idéias socialistas no meio operário.
Em 1923, através de um golpe, os nazistas tentaram chegar ao poder. Hitler foi preso e condenado a cinco anos de prisão. Desses cinco anos, ele não chegou a cumprir nem um ano, e mesmo assim em condições especiais. Nessa época ele escreveu um livro Mein Kampf (minha luta), no qual expôs suas idéias básicas a respeito de varias questões relativas à vida política, econômica, cultural e social da Alemanha.
Surgiram assim as primeiras diretrizes dessa ideologia, pregando a idéia de superioridade dos alemães sobre os demais povos do mundo.
Apesar da derrota, Hilter acabou ganhando fama com um discurso nacionalista inflamado durante sue julgamento.
A partir do fracassado golpe de Munique, o partido decidio chegar ao poder pela via eleitoral. Nas eleições de 1930, os nazistas conseguiram eleger mais de cem deputados; nas de 1932, quase duzentos, neste ano Hilter concorreu à presidência, mas foi derrotado.
Em 1933 um incêndio no prédio do parlamento, provocado pelos nazistas, e cuja responsabilidade foi atribuída aos comunistas, possibilitou o reforço do poder de Adolf Hilter.
O processo de nazificação da Alemanha seguiu, de uma maneira geral, o mesmo ritmo do fascismo na Itália. Em pouco tempo, o Partido Nazista passou e exercer o controle sobre quase todas as atividades econômicas, políticas culturais.

Fascismo da Itália

Com o fim da Primeira Guerra mundial (1914-1918), a Itália foi ignorada nos tratados que selaram o conflito. O desgaste social e econômico mal recompensado mobilizou diferentes grupos políticos enganados na resolução dos problemas da nação italiana. No ano de 1920, uma greve geral de mais dois milhões de trabalhadores demonstrava a situação caótica vivida no país. No campo, os grupos camponeses sulistas exigiam a realização de uma reforma agrária.
A mobilização dos grupos trabalhadores trouxe à tona o temor dos setores médios, da burguesia industrial e dos conservadores em geral. A possibilidade revolucionaria em solo italiano refletiu-se na ascensão dos partidos socialistas e comunistas. De um lado, os socialistas eram favoráveis a um processo reformador que traria a mudança por vias estritamente partidária. Do outro, os integrantes das facções comunistas entendiam que reformas profundas deviam ser estimuladas.
O processo de divisão ideológica das esquerdas acontecia enquanto os setores conservadores da alta burguesia pleitearam apoio ao partido Nacional Fascista. Os facistas liderados por Benito Mussolini louvaram uma ação de combate contra os focos de articulação comunista e socialista. Desse modo, o fascismo de combatimento passou a atacar jornais, sindicatos e comícios da esquerda italiana.
Criando uma força miliciana conhecida como “camisas negras”, os fascistas ganharam bastante popularidade em meio às contendas da economia nacional. A demonstração de poder do movimento se deu quando, em 27 de outubro de 1922, os fascistas realizaram a Marcha sobre Roma. A manifestação, que tomou as ruas da capital italiana, exigia que o rei Vitor Emanuel III passasse o poder para as mãos do Partido Nacional Fascista. Pressionando, a autoridade real chamou Benito Mussolini para compor o governo.
Inserido nas esferas de poder político central, os fascistas teriam a oportunidade de impor seu projeto político autoritário e centralizador. Já nas eleições de 1924, os representantes políticos fascistas ganharam à maioria no parlamento. Os socialistas inconformados com as fraudes do processo eleitoral denunciaram a estratégia antidemocrática fascista. Em resposta, o socialista Giacomo Matteotti foi brutalmente assassinado por partidários fascistas.
Mussolini já tomava ações no sentido de minar as instituições representativas. O poder legislativo foi completamente enfraquecido e o novo governo publicou a Carta de Lavoro, que declarava as intenções da nova facção instalada no poder. Explicitando os princípios fascistas, o documento defendia um estado corporativo onde a liderança soberana de Mussolini resolveria os problemas da Itália. No ano de 1926, um atentado sofrido por Mussolini foi à brecha utilizada para a fortificação do estado fascista.
Os órgãos de imprensa foram fechados, os partidos políticos (exceto o fascista) foram colocados na ilegalidade, os camisas negras incorporaram as forças de repressão às forças de repressão oficial e a pena de morte foi legalizada. O estado fascista, contando com tantos poderes, aniquilaram grande parte das vias de oposição política. Entre os anos de 1927 e 1934, milhares de civis foram mortos, presos ou deportados.
O apelo aos jovens e à família instigou grande apoio popular ao regime “duce”. Em 1929, os acordos firmados com a igreja no Tratado de Latrão aproximaram a população católica italiana ao regime totalitário. Ao mesmo tempo, o crescimento demográfico e o incentivo às obras publicadas começaram a reverter os sinais da profunda crise que tomava conta à Itália. O setor agrícola e industrial passou a ganhar considerável incremento, interrompendo o processo inflacionário da economia.
Com a crise de 1929, a prosperidade econômica vivida nos primeiros anos do regime sofreu uma série ameaça. Tentando contornar a recessão econômica, o governo de Benito Mussolini passou a entrar na corrida imperialista. No ano de 1935, os exércitos italianos realizaram a ocupação da Etiópia. A pressão das demais potências capitalistas resultaria nas tensões que desaguaram na deflagração da segunda Guerra mundial (1939-1945), no momento em que Mussolini se aproxima do regime nazista alemão.
Gabriel Flores Zangalli, Jonas brustulin, Dara Maria Berths, Adriano Kich.(802)

Um comentário:

  1. O texto ficou super interessante, ele define com clareza os acontecimentos sobre o nazismo e o fascismo, e conta exatamente como ele foi na Alemanha com a participação de Hitler, e também como foi na Itália com greves e outra série de acontecimentos.

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